Preparados para o futuro

Ao longo dos últimos 10 anos, a demanda de energia elétrica no Brasil aumentou mais do que o dobro da oferta. O resultado é claro: Hoje falta energia.

Os recentes aumentos nas tarifas são apenas a conseqüência deste processo. Enquanto apenas durante o primeiro semestre de 2014 o custo da energia gerada aumentou em mais de 800%, os governos tentaram, a todo o custo, através de todo tipo de subsídios que dispunham, conter a avalanche que se descortinava sobre a população. Até não ser mais possível.

Nossa matriz energética, antes baseada quase em sua totalidade em usinas hidrelétricas, que produzem energia limpa e barata, além de permitir a estocagem de energia pelo represamento de água de maneira bastante econômica, já não consegue mais conter à demanda. As usinas termoelétricas estão operando hoje à todo o vapor. Os recentes aumentos nas contas de luz dos clientes são a última tentativa para tentar reduzir o consumo deste já escasso recurso.

Muitas indústrias, comércios de grande porte e grandes produtores agrícolas já tomaram para si a responsabilidade e investiram em sua própria geração de energia. São os visionários que, há alguns anos, perceberam o futuro que se aproximava. E são também os responsáveis por mitigar a catástrofe, já que praticamente toda a nova oferta de energia dos últimos 10 anos partiu justamente da iniciativa privada.

A adoção de medidas para redução do consumo de energia, bem como investimentos em geração, não são apenas uma alternativa para as administrações. Hoje são, praticamente, uma obrigação. Não há quaisquer indícios que apontem que a situação deve melhorar nos próximos anos. E aqueles que perceberem isto antes terão as melhores opções para contornar o problema, e, portanto, terão menos prejuízos. Os administradores que cruzarem os braços podem se surpreender com o que nos espera.

Fale Conosco